Venham conhecer as obras do professor que dá nome à nossa biblioteca

Lydio Machado Bandeira de Mello nasceu em Abaeté, em 19 de julho de 1901. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1927. Iniciou a advocacia em Muzambinho. Docente na área de Direito Penal na UFMG, além de professor de Aritmética, Álgebra, Geometria, Trigonometria, Matemática, Português, Direito Constitucional, Direito Civil, Técnica Comercial, Estatística, História Econômica e Administrativa do Brasil e Legislação Fiscal. Filósofo, autor do ensaio “The Biology of war and the Law of the peace”, considerado como o melhor texto filosófico de 1969. Autor de 70 livros, com 44 publicados e espalhados por 800 universidades do mundo.

Detentor de vasta e consagrada bibliografia, nomeia a “Biblioteca Lydio Machado Bandeira de Mello”, na Faculdade de Direito – UFMG. Em breve, teremos uma exposição homenageando o referido docente. Enquanto isso, confira alguma de suas inúmeras obras:

MELLO, Lydio Machado Bandeira de. Prova Matemática da Existência de Deus. Leopoldina: 1942, 80 p.

“E, se alguém vos disser que Deus é apenas um sonho de nossa alma o qual não tem cabida na Ciência, respondei, com esse livrinho, que Deus é Quem dá existência e leis à nossa razão; que todas as ciências conduzem a Deus pela via direta de seus corpos de doutrina; que a afirmação provada da existência de Deus é o teorema supremo das ciências matemáticas”. (Lydio).

MELLO, Lydio Machado Bandeira de. Teoria do Destino. Leopoldina: 1980, 104 p.

Observem a sua alta ideia de Deus contida na alegoria que propõe para a gênese humana, na “Teoria do Destino“, p. 55:

A queda não foi um pecado, no sentido de ofensa pensada e voluntária a Deus: foi um ato de liberdade facultado por Deus. Deus deu a Adão e Eva a faculdade de escolher (reflexão e liberdade) e a possibilidade de escolher entre o Paraíso e a Terra. Escolhendo o Paraíso, o Homem teria escolhido o dom inferior da perfeição gratuita, adquirido sem esforço e, pois, sem merecimento; tendo escolhido a terra, o Homem caiu (degradou-se e degredou-se, temporariamente), porém não pecou; não ofendeu voluntariamente a Deus. Preferiu a miséria vencível das coisas imperfeitas unida à possibilidade de adquirir por si mesmo (isto é, pelo exercício da reflexão e da liberdade) a perfeição (e o Paraíso). Tornou-se, em verdade, o Filho Pródigo, a quem o Pai deixou que partisse e, depois, recebeu de braços abertos, com o mesmo infinito e inalterável amor.”