Sextou!!! Indicação de filmes sobre o Tribunal do Júri

Em oportunidades anteriores, a Redação do Canal Ciências Criminais elaborou listas com sugestões de filmes sobre o Tribunal do Júri, tema de grande de interesse de estudantes de direito e advogados.

A pedido de leitores, que encontraram dificuldades em localizar alguns dos títulos apontados, a relação de hoje indica 5 filmes que podem ser assistidos na Netflix, serviço de streaming atualmente utilizado por mais de 75 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 3 milhões de usuários no Brasil.

Vale o alerta: ainda que as indicações abordem as particularidades do sistema norte-americano, cuja lógica processual se difere da brasileira, os filmes merecem ser vistos porque reúnem, cada um a seu modo, elementos essenciais para melhor conhecer este universo onde os ânimos das partes envolvidas se exaltam, onde a oratória é um elemento essencial para obter êxito na causa e, acima de tudo, onde um grupo de jurados tem um imenso poder em suas mãos: definir o destino da vida de uma pessoa.

Vamos, então, às indicações:

1. Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution) – 1957 – Assista na Netflix (aqui)

Quando Leonard Vole (Tyrone Power) é preso sob a acusação de ter assassinado uma rica viúva de meia-idade, Sir Wilfrid Robarts (Charles Laughton), um veterano e astuto advogado, concorda em defendê-lo. Sir Wilfrid está se recuperando de um ataque do coração quase fatal e “supostamente” está em uma dieta, que o proíbe de ingerir bebidas alcoólicas e de se envolver em casos complicados. Mas a atração pelas cortes criminais é algo muito forte para ele, especialmente quando o caso é bem difícil. O único álibi de Vole é o testemunho da sua esposa, Christine Vole (Marlene Dietrich), uma mulher fria e calculista. A tarefa de Sir Wilfrid fica praticamente impossível quando Christine Vole concorda em ser testemunha, não da defesa, mas da acusação.

2) O Sol é Para Todos (To Kill a Mockingbird) – 1962 – Assista na Netflix (aqui)

Jean Louise Finch (Mary Badham) recorda que em 1932, quando tinha seis anos, Macomb, no Alabama, já era um lugarejo velho. Nesta época Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro, foi acusado de estuprar Mayella Violet Ewell (Collin Wilcox Paxton), uma jovem branca. Seu pai, Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concordou em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para absolver o réu.

3) Tempo de Matar (A Time do Kill) – 1996 – Assista na Netflix (aqui)

Em Canton, no Mississipi, dois brancos espancam e estupram uma menina negra de dez anos. Eles são presos, mas quando estão sendo levados ao tribunal para terem o valor da sua fiança decretada o pai da garota (Samuel L. Jackson) decide fazer justiça com as próprias mãos e mata os dois na frente de diversas testemunhas, além de acidentalmente ferir seriamente um policial. Ele é preso rapidamente, mas a cidade se torna um barril de pólvora e, além do mais, a defesa tem de se defrontar com um juiz que não permite que no julgamento se mencione a razão que fez o pai cometer o duplo homicídio, pois o julgamento é de assassinato e não de estupro.

4) As Duas Faces de um Crime (Primal Fear) – 1996 – Assista na Netflix (aqui)

Em Chicago, um arcebispo (Stanley Anderson) assassinado com 78 facadas. O crime choca a opinião pública e tudo indica que o assassino um jovem de 19 anos (Edward Norton), que foi preso com as roupas cobertas de sangue da vítima. No entanto, um ex-promotor (Richard Gere) que se tornou um advogado bem-sucedido se propõe a defendê-lo, sem cobrar honorários, tendo um motivo para isto: adora ser coberto pela mídia, além de ter uma incrível necessidade de vencer.

5) O Júri (Runaway Jury) – 2003 – Assista na Netflix (aqui)

Após considerar que uma grande empresa é a culpada pela morte de seu marido, uma viúva decide entrar com um processo na justiça, pedindo uma indenização milionária. Para defendê-la ela contrata o advogado Wendell Fohr (Dustin Hoffman). Porém Fohr precisará enfrentar Rankin Fitch (Gene Hackman), um especialista em selecionar os jurados de forma a garantir de antemão sua vitória no julgamento. Porém o que Fohr e Fitch não contavam é que um dos jurados, Nicholas Easter (John Cusack), tem seus planos para manipular o júri. E, com o apoio de Marlee (Rachel Weisz), passa a chantagear a dupla avisando que o veredicto desejado sairá bastante caro.

Fonte: Canal Ciências Criminais