https://ufmg.br/comunicacao/noticias/ufmg-publica-resolucao-de-implantacao-do-ensino-hibrido-emergencial
Substituto do atual Ensino Remoto Emergencial, o regime híbrido entrará em vigor no segundo período letivo deste ano
Foi aprovada, por unanimidade, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFMG, na última quinta-feira, 19, a resolução que regulamenta a implantação de um regime de ensino híbrido na graduação da UFMG, que vai mesclar, em caráter temporário e emergencial, atividades remotas e presenciais. O Ensino Híbrido Emergencial (EHE) vai vigorar a partir do segundo período letivo de 2021, que começa no dia 13 de outubro, em substituição ao Ensino Remoto Emergencial (ERE), que estava em vigor desde meados de 2020.
A implantação do EHE ocorre no âmbito do planejamento que a UFMG tem feito para o retorno gradual às atividades acadêmicas curriculares (AACs) em regime presencial, em consonância com o que dispõem o Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto na UFMG e o Protocolo de Biossegurança e Adequação do Espaço Físico e Monitoramento da UFMG, entre outras normas que tratam do retorno.
Os critérios estabelecidos para cada etapa de retorno estão descritos na edição mais recente do Plano, publicada em junho. O Ensino Híbrido Emergencial (EHE) foi aprovado pela Câmara de Graduação no último dia 12, depois de ser debatido ao longo do último mês nas diferentes instâncias da Universidade. A pró-reitora de Graduação da UFMG, Benigna de Oliveira, salienta que, apesar da mudança do regime de ensino de “remoto” para um regime “híbrido”, ainda não há uma data definida para um retorno presencial “amplo”. “Considerado o cenário epidemiológico do país, ainda não há expectativa a médio prazo de possibilidade de retomada integral das atividades presenciais”, demarca a pró-reitora.
Leia a resolução, na íntegra:
Em que consiste o Ensino Híbrido Emergencial?
O EHE será um “regime de ensino adotado temporariamente para desenvolver as Atividades Acadêmicas Curriculares (AACs), integrando processos de ensino-aprendizagem desenvolvidos por meio de interações que combinem encontros em ambientes virtuais de aprendizagem e encontros presenciais, possibilitando diferentes abordagens metodológicas favorecedoras de uma relação significativa e segura entre estudante-docente-conhecimento”, explica a resolução.
Nesse sentido, durante o período de EHE, o ensino de graduação se articulará entre a oferta de atividades integralmente remotas (IR), a oferta de atividades remotas e presenciais (RP) e a oferta de atividades integralmente presenciais (IP) – e em diferentes proporções, a depender das especificidades de cada curso, mas sempre respeitando o teto de ocupação de espaços definido pela etapa vigente do Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto na UFMG. Atualmente, Belo Horizonte e Montes Claros estão no cenário de retorno relativo à etapa 1, em que o teto de ocupação dos espaços físicos da Universidade é de 20% e espera-se que, dependendo do cenário epidemiológico, a UFMG possa avançar para a etapa 2, com teto de ocupação de espaços físicos de 40%, ao longo do semestre.
Consideradas essas limitações de ocupação presencial dos espaços físicos, os formatos IP e RP (atividades “integralmente presenciais” e atividades “remotas e presenciais”) serão destinados sobretudo àquelas AACs que não estavam sendo ofertadas no ERE por não serem possíveis de serem ministradas remotamente, às AACs com carga horária prática e às AACs que favorecem a integralização de cursos por estudantes concluintes, entre outros critérios de prioridade. O conjunto desses critérios pode ser consultado no artigo 3º da resolução.
Aos colegiados dos cursos de graduação, por sua vez, caberá dar ampla divulgação aos estudantes sobre o formato de cada AAC ofertada, conforme as possibilidades previstas (IR, RP e IP), assim como dar ampla divulgação ao quadro de horários dos cursos por período curricular, para que cada aluno possa ter todas as informações necessárias no momento da formulação de sua proposta de matrícula.
O plano continua
Na sexta-feira, 20, a Reitoria da UFMG também publicou uma “Nota à Comunidade” esclarecendo que anúncio feito pela Prefeitura de Belo Horizonte permitindo o retorno do ensino superior ao modo presencial nas instituições da capital mineira não gerou nenhuma modificação no planejamento da Universidade para a sua retomada gradativa de aulas presenciais. Na nota, assinada pela reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, e pelo vice-reitor, Alessandro Fernandes Almeida, explica-se que a retomada das aulas presenciais na UFMG seguirá ocorrendo de forma gradual, “seguindo as permissões das autoridades sanitárias locais” e em constante “diálogo com a comunidade acadêmica”. A íntegra da nota, que também informa a aprovação pelo CEPE da resolução sobre o Ensino Híbrido Emergencial, pode ser conferida aqui.
Por ocasião da implementação do EHE, a reitora Sandra faz lembrar que, a rigor, desde o segundo semestre de 2020 a UFMG vem retomando gradativamente algumas de suas atividades acadêmicas presenciais – sempre com critério e cautela, seguindo o seu próprio plano de retorno e as regras estabelecidas pelas autoridades locais. “No caso de Belo Horizonte, até então a autorização da Prefeitura era apenas para atividades práticas e assistenciais dos cursos da área da saúde. Por isso, até a última semana, a Universidade registrava 11 cursos de graduação em atividades presenciais, além das atividades de pós-graduação, pesquisa e extensão previamente aprovados. Agora, vamos poder avançar e oferecer a possibilidade do presencial para outras atividades, como para as atividades com carga horária prática”, afirma a reitora.
O Ensino Híbrido Emergencial também será tema do próximo Fórum de Integração Docente, que será realizado na próxima quarta-feira, dia 25, das 14h às 16h, com transmissão pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) da UFMG no YouTube. Abertos à participação de toda a comunidade, os fóruns on-line são espaços regulares de encontro, destinados à reflexão sobre questões relacionadas às mudanças no ensino provocadas pela pandemia.